O Pool do #BemEstarBem

 

Endocanabinoides| Norepinefrina| Dopamina| Anandamida| Serotonina| Leptina

Uma mistura de hormônios e neurotransmissores que são liberados e se conectam dando início àquela avalanche de sensações que te fazem esquecer do cansaço e até anestesiar a dor.

Euforia, alegria, contentamento, leveza, excitação e relaxamento; o tal #RunnersHigh

Muito mais que um simples aumento de substâncias químicas no cérebro; o runner’s high é uma dança complexa de compostos psicoativos liberados em resposta ao estímulo dos exercícios de alta intensidade, que equilibram o humor e o estado de energia, aliviando a ansiedade para melhor gerenciamento do stress. Ele pode incitar mais facilmente o relaxamento em algumas pessoas ou levar à uma agitação inicial em outras e não tem um “timing” certo para acontecer; mas esse mix de sensações, levando no final à felicidade e plenitude, é quase unânime… exatamente o que faz a corrida ser tão viciante!

Já se sabe bastante sobre as relações profundas entre o cérebro e o running. Esse esporte, que é também minha paixão, é capaz de aumentar os neurônios ativos, melhorando o desempenho cognitivo e equilibrando canais de GABA para dar um chega pra lá na ansiedade e na depressão.

Por anos a fio, acreditou-se que a resposta para o runner’s high era a mera secreção de endorfina. Em alguns estudos, porém, quando os efeitos das endorfinas foram bloqueados quimicamente, as pessoas ainda experimentaram este High; e aí, todos os argumentos foram revistos. Afinal, o que mais poderia afetar o humor neste nível… norepinefrina, dopamina, anandamida, serotonina, leptina? Quanto disso é feedback neuro-endócrino, pura química ou total transcendência?

Um estudo de neuroimagem realizado na Universidade de Bonn {Alemanha} constatou que exercícios aeróbios liberam sim endorfinas, que desempenham um papel crucial na excitação, emoção e cognição. Mas essas sensações não são causadas apenas por elas. Em um outro estudo, pesquisadores alemães descobriram que o sistema endocanabinoide do cérebro {conjunto de receptores e enzimas que trabalham como sinalizadores entre as células e os sistemas orgânicos} também é bastante relevante no estímulo ao #High da corrida. Um tipo de endocanabinoide solúvel em lipídios, a anandamida é encontrado em níveis elevados no sangue dos apaixonados pela corrida; além de estar circulante em considerável POOL, ela é capaz de atingir o cérebro e desencadear essa “brisa”, esse contentamento… que nos faz continuar no maior pique e querendo sempre mais!

O terceiro estudo publicado na revista Cognitive Neuroscience, comprovou o aumento dos níveis plasmáticos de endocanabinoides com consequente redução do stress, alívio da dor, sensação de transcendência e relaxamento… SIM, aqueles efeitos todos desencadeados pelos compostos bioativos da maconha. O #High do corredor age nos mesmos receptores do THC {tetra-hidrocanabinol} Ou seja, não é necessário recorrer à erva para alcançar esse #BemEstarBem

Mas não existe uma maneira garantida, muito menos única de alcançar esse barato, ok!

O #High ocorre em condições e momentos diferentes para diferentes pessoas. E outra, o que funciona em um dia de treino para estímulo desse contentamento, pode também não funcionar no próximo. Temos todas as condições fisiológicas para atingir esse barato do corredor, porque é algo neuroquímico; cabe a cada um de nós ultrapassar as difíceis sensações iniciais, para atingir o #SteadyState Ter o feeling sobre quais estratégias facilitam esse processo {música alta, boa companhia, visual etc etc} e conhecer então o incrível poder do desconforto!

Ah e vale falar um pouquinho também do #Flow. Ainda que o #High e o #Flow descrevam uma sensação de excitação com a corrida, eles são distintos. O “fluir” é quase como uma meditação em movimento. Esse modelo psicológico de #Flow nada mais é do que aquele momento em que estamos totalmente concentrados, com alta motivação intrínseca e a consciência inteiramente envolvida. Os movimentos naturais da corrida, realizados de forma repetitiva, funcionam como um mantra, fazendo com que nosso cérebro oscile em frequências altas e frequências mais baixas. Quanto maior o tempo de exposição {a distância percorrida} mais facilmente desfrutamos dessa meditação ativa, já que as frequências cerebrais vão permanecendo cada vez mais baixas, traduzindo-se nesse estado alterado de consciência.

Essa alteração na atividade cortical, especialmente nas regiões frontais do cérebro, têm sido relacionadas ainda com aumento da performance cognitiva após o exercício. Incrível, não?

Para sentir o Runner’s High basta começar a correr e permanecer em movimento rítmico por algum tempo, pois é algo muito mais fisiológico. Já o flow é um fenômeno psicológico complexo rs que precisa de muito trabalho mental {e físico também}

Procure excluir qualquer pensamento ou emoção que não seja relacionado à sua corrida, TORNE-SE PARTE DELA, tente se unir ao ambiente… seja na montanha, na areia ou no asfalto {eu só acho beeem difícil mesmo na esteira, mas há quem diga que consegue} e assim alcance essa REconexão CORPO – MENTE; é uma ótima estratégia para o alcance da saúde plena; radiante!

#VibeThaisBranquinho #Cura #Plenitude #BemEstarBem #CorpoEmMovimento

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