MOVIMENTO & Doença de Parkinson

Vocês sabiam que uma das melhores estratégias de prevenção à Doença de Parkinson {DP} é o MOVIMENTO?

Sim, o MOVIMENTO!

Não necessariamente o exercício, mas o simples movimento bem direcionado no dia a dia, é capaz de evitar a morte dos neurônios responsáveis pela síntese de dopamina no tronco cerebral; tanto na substância nigra quanto em outros núcleos, como o motor dorsal do vago. Assim, os fenômenos wearing.off e on.off, e discinesias ou movimentos involuntários passam a ser realidade longínqua!

Sobre a MINHA vivência clínica com o quadro de Parkinson já instalado {importante dizer aqui que quando se estabelece o diagnóstico da doença, o desequilíbrio em si já está presente no organismo há cerca de 10 anos; isso, dez anos} vou contar um pouco pra vocês..

A sintomatologia do Parkinson vai muito além das questões motoras e cognitivas, por isso é preciso um cuidado AMPLO e interdisciplinar. Fato é que a redução do Stress Oxidativo cerebral, através da nutrição otimizada {que se estende ao suporte Ortomolecular individualizado} + gerenciamento do stress, com descanso adequado e práticas contemplativas + treino funcional com ênfase à propiocepção + engajamento social {em etapas e em núcleos específicos a cada momento do dia ou da noite; porque sim, um fator limitante aos que manifestam a doença de Parkinson é a habilidade de lidar com inúmeras variáveis ao mesmo tempo, o que acaba trazendo angústia e frustração caso essa questão não seja respeitada} são estratégias de primeiro momento, cujas respostas orgânicas vão direcionar meus próximos passos no tratamento. 

Além de todas estas questões, é imprescindível estimular a síntese de DOPAMINA, com maestria, já que ao ultrapassarmos determinada concentração de tal neurotransmissor, podemos incitar certas compulsões! 

Quase ninguém sabe; quase não se fala nisso; mas a auto imunidade em associação ao aumento dos níveis de Interleucina 17 {IL-17} tem se evidenciado no monitoramento dos pacientes com Parkinson, especialmente após consideráveis períodos de constipação. Isso repercute em grande desequilíbrio da microbiota intestinal e consequente elevação na concentração de alpha-synuclein, podendo daí se originar as desordens neurológicas.

Destaco então a importância da realização do exame coprológico funcional + avaliação de indicadores bioquímicos da inflamação orgânica. O Oligoscan {avaliação por espectofotometria que disponho no consultório} e| ou alguns exames de imagem como a RM com mapeamento cerebral, me traduz o grau de stress oxidativo cerebral e o perfeito entendimento das vias neuronais em cada paciente, para que eu possa então traçar as melhores condutas de tratamento. Através deles, eu consigo verificar tanto a produção de alpha-synuclein, quanto a redução dos níveis de DOPAMINA, que podem se manifestar inicial ou tardiamente. Apesar de valorosa a avaliação bioquímica para o déficit de dopamina, ela é passível de detecção subclínica também {que aliás é sempre soberana} através da investigação de questões comportamentais relacionadas à compulsão, melancolia, depressão, baixa libido etc 

A alta produção de alpha-synuclein no sistema nervoso central, com posterior deposição em estruturas denominadas “Lewy bodies” prediz as alterações neurodegenerativas e por isso preciso detectá-la o quanto antes.

Outros parâmetros por mim cuidados, caso a caso, que melhoram o estado geral e trazem mais VITALIDADE POSITIVA, são:

✔Prescrição de bioativos dopaminérgicos como a Oleuropeína ou o Olive Leaf Extract, que reduz exponencialmente o dano oxidativo à substância nigra; o Seaberry Ômega 7, que modula a neuroinflamação; o Fisetin, para estímulo vascular capaz de gerar novas células nervosas no hipocampo; o Ment´Active que inibe a enzima monoamina oxidase B MAO.B no córtex cerebral; a L – Tirosina, um aminoácido com potencial de repor a dopamina em falta etc etc etc

Redução no teor total de proteína animal; ciclicamente.

Otimização na oferta de antocianinas {mirtilos, romã, uvas roxas} e ácido clorogênico {café; sempre de cultura orgânica e torra clara} 

Suplementação de vit. D, que tem alto potencial para remissão em auto imunidade, já que é um inibidor natural da IL-17. 

Monitorização dos níveis de PTH {paratormônio} que vão então direcionar a suplementação de doses assertivas da vit. D.

Escolha consciente dos laticínios, usando aqueles DE VERDADE; os de produção artesanal ou biodinâmico, livres de PCB’s ou Organoclorados, que atuam como neurotoxinas.  

E assim, etapa a etapa, vou evoluindo nas condutas, com gratificante retorno!

Cuidem-se.

Movimentem-se.

Tenham sempre por perto um bom profissional da Medicina Integrativa & Funcional.

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