…um indicador mais importante que o tão famoso CORTISOL!
O hormônio adrenocorticotrófico {ACTH} é produzido pela glândula pituitária. Localizada no centro da cabeça, a hipófise – como também pode ser chamada a pituitária – é a glândula mestra, que em sintonia com o hipotálamo, regula todos os hormônios para garantir nosso equilíbrio e bem estar!
O ACTH é responsável por estimular a produção de cortisol, um hormônio esteroide de extrema relevância orgânica, já que participa ativamente do metabolismo de carboidratos, proteínas e lipídeos. Ele também auxilia na manutenção da pressão sanguínea e atua na supressão da resposta imunitária – evitando a super estimulação de células T – o que poderia levar às doenças auto-imunes.
Normalmente, os níveis de ACTH aumentam quando cortisol está baixo e caem quando cortisol está alto. Determinadas condições que afetam a hipófise ou mesmo as glândulas suprarrenais, podem aumentar ou diminuir a quantidade de ACTH e cortisol secretados, interferindo assim na sua regulação.
Podemos dosar o ACTH no sangue para detectar, diagnosticar e monitorar condições importantes associadas à síntese excessiva ou deficiente de cortisol no corpo. À exemplo do excesso na secreção de cortisol: Síndrome de Cushing| Doença de Addison| Insuficiência Adrenal Secundária| Hipopituitarismo. Vale salientar que níveis altos de cortisol podem também sinalizar o estado de stress crônico, tão comum nos dias de hoje… e que traz como consequência metabólica a inflamação, a dificuldade de beta oxidação e o desequilíbrio na composição corporal – perda da massa magra e aumento de gordura; tanto a visceral como associada ao tecido subcutâneo. Distúrbios do sono, aumento da pressão arterial, deficiência de potássio e hiperglicemia podem também estar presentes no quadro clínico.
No caso de baixa produção de cortisol, a sintomatologia característica é de fadiga – associada ou não à fraqueza muscular – considerável perda de peso NÃO intencional e maior pigmentação da pele; geralmente acompanhados de hipotensão e hipoglicemia, deficiência de sódio, hiperpotassemia e hipercalcemia.
Os níveis de ACTH são medidos em petagramas (pg) por mililitro de sangue (mL). Os valores de referência {baseados na medição matinal} ficam entre 7 pg/mL e 63 pg/mL, mas tem amplo espectro de variação tolerável e devem ser correlacionados à CLÍNICA INDIVIDUAL.
✔Elevados níveis de ACTH sugerem:
Doença de Addison| Hiperplasia Adrenal| Neoplasia Endócrina Múltipla| Síndrome de Cushing| Tumor de Pulmão, Tireoide e/ou Pâncreas| Estresse Físico e/ou Emocional.
✔Baixos níveis de ACTH sugerem:
Hipopituitarismo| Tumor da Glândula Adrenal| Uso impróprio de Medicamentos – Glicocorticóides.
Resultados do exame de ACTH são de melhor interpretação quando correlacionados à dosagem de cortisol e à fase fisiológica – adolescência| gestação| menopausa ou andropausa…
É como eu sempre digo, não basta avaliar os exames bioquímicos de forma isolada, com bases somente nos valores de referência estabelecidos pelo laboratório, a questão é bem mais ampla!
Esqueça o que é “pontual”, valorize o cuidado INTEGRATIVO, buscando sempre a #VitalidadePositiva