As cerejas do café são as cascas desidratadas, muitas vezes chamadas “cáscaras”, desse grão tão queridinho no mundo inteiro.
Delas se extrai inúmeros compostos bioativos com alto potencial anti oxidante, dentre os quais destaca-se a rutina e os ácidos clorogênicos, gálico e protocatequínico, importantes à saúde cardiovascular, à beleza da pele e ao metabolismo energético. Eles são o que há de melhor no combate aos radicais livres e promoção da vitalidade.
A infusão feita com as cerejas do café, tem sabor levemente adocicado, agradando ao paladar de quem não é muito fã da tradicional bebida tão intensa. Além de inusitada e surpreendente, é rica em compostos fenólicos que reduzem a inflamação crônica, origem de inúmeras desordens funcionais. A suave bebida possui cerca de 75% menos cafeína do que o café preto; por volta de 45mg em uma xícara de 200ml, o que permite que seja apreciada mesmo à noite, sem qualquer interferência na qualidade do sono.
Fica a dica para quem cultiva café no sítio… experimente desidratar as cascas ao sol para obter as divinas cerejas do café. Amooo! Para quem mora nos grandes centros e não tem a oportunidade, é possível comprar as “cáscaras” em sites ou lojas especializadas. Se delicie com essa riqueza… a saúde também agradece!
Para os dias mais quentes vale preparar a infusão mais concentrada com as cerejas do café e acrescentar gelo e limão, para hidratar e curtir uma bebidinha diferente.
#CoffeeCherryTea
Aproveitando que o assunto é café e compostos fenólicos, acho importante citar uma recente publicação da Nature Medicine {Fev. 2017} na qual Furman e col. demonstram o papel protetor da cafeína na compensação da ativação do inflamassoma {processo em que a inflamação orgânica é desencadeada através da produção de interleucinas, especialmente a IL-1β} O conhecimento de tal efeito fisiológico traz uma boa oportunidade à Nutrição Funcional e Ortomolecular de neutralizar a cascata da inflamação, origem de inúmeras questões endócrino metabólicas que interferem negativamente em nossa saúde integral.