A mente e o corpo enviam sinais, um ao outro, continuamente, em geral, pelas mesmas vias, o que pode explicar como o estado mental influencia a saúde física e vice versa.
Novas técnicas moleculares e farmacológicas possibilitam a identificação da intricada rede que liga o emocional aos diversos órgãos e sistemas, circuito que permite o envio rápido e continuo de sinais entre eles. Substâncias químicas produzidas pelas células do sistema imune, cardiovascular, gastrintestinal, muscular, ósseo… enviam sinais para o cérebro, que por sua vez, envia sinais químicos para modular toda a fisiologia e bioquímica corporal. Esses sinais também afetam o comportamento e a resposta ao stress. Interrupções nessa rede de comunicação, sejam hereditárias, por drogas, substâncias tóxicas, cirurgia ou hábitos de vida inadequados, exacerbam as doenças das quais esses sistemas nos protegem, sejam elas infecciosas, inflamatórias, auto-imunes ou ainda associadas a distúrbios de humor ou desequilíbrios nutricionais.
É fato que nossos corpos e mentes estão em sincronia, quase como num ciclo de feedback.
Esta é uma boa notícia, pois nos empodera. Nós somos capazes de reestruturar tudo aquilo que está em desequilíbrio, tanto no emocional quanto no físico. Por vezes damos conta de reequilibrar “o todo” sozinhos; por vezes, precisamos de um bom suporte estratégico, com a ajuda de um profissional. Mas nada está totalmente fora de nosso alcance.
Então vamos avançar para a parte que me cabe… A Nutrição Funcional.
É corriqueiro estarmos cercados de pessoas que almejam, desejam arduamente certo alimento de tempos em tempos. Nós mesmos já vivenciamos esses tais desejos, mais fortes do que o habitual e muitas das vezes não obviamente motivados.
A percepção dos desejos alimentares, que são, geralmente bem definidos e repetitivos, nos trazem um alerta à carência de alguns micronutrientes vitais.
Listei então os alimentos e grupos alimentares no topo dos mais desejados e que nem sempre são tão saudáveis, seguido das melhores opções para nutrir o corpo de acordo com o que ele sinaliza.
Não é necessário restringir totalmente estes menos saudáveis, mas tente incluir na rotina as outras opções, de alimentos funcionais; assim, terá a vantagem adicional de desfrutar do bem estar emocional e físico, mantendo o organismo em equilíbrio.
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Chocolate
Por ser rico em magnésio, fortes desejos pelo queridinho chocolate pode indicar deficiência do mineral, que entre outras funções, é vital para a saúde da pele e do cabelo. Além disso, os níveis de magnésio despencam na segunda metade do ciclo menstrual, o que possivelmente explica a loucura por chocolates nesse período. Invista nas oleaginosas, especialmente as nozes e amêndoas. As sementes também são boas opções para equilibrar o status de magnésio, escolha as de girassol, linhaça dourada e gergelim. Brotos e folhosos verdes como rúcula, escarola e agrião podem ajudar também.
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Doces
A vontade por doces indica a deficiência de oligoelementos sinérgicos à ação da insulina. Você pode estar precisando de cromo, facilmente encontrado no brócolis, uva roxa, queijos de ovelha e frango; carbono das frutas cítricas; fósforo, presente nas carnes vermelhas, peixes com maior teor de gordura, ovos e grãos integrais; além do enxofre, que está no mirtilo, morango, alho poró e cebola roxa.
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Salgados
Quem é muito estressado costuma sentir mais vontade de comer algo salgado, isso porque o stress altera o funcionamento da glândula adrenal, desequilibrando a síntese e liberação do cortisol e da adrenalina. Então controle o stress! A inclusão de alimentos fontes de beta sitosterol pode ajudar bastante. Escolha o abacate, as sementes de abóbora, pistaches e banana. O cloreto e o silício também merecem atenção nesse caso e podem ser equilibrados com o consumo de leite e derivados de cabra, tilápia, lentilha, aveia e manga.
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Pães, Massas e Biscoitos
Nesse caso, é preciso atentar para as concentrações de um aminoácido que desempenha importante papel no humor, o triptofano. Embora os carboidratos não contenham este aminoácido, a maior concentração de açúcar na corrente sanguínea, frente ao consumo dos pães, massas e biscoitos, aumenta a biodisponibilidade, fazendo com que ele ultrapasse mais facilmente a barreira hematoencefálica e alcance o cérebro. Por isso a maior vontade desses alimentos! Tente substituir essas guloseimas por alimentos tão gostosos quanto, de maior valor nutricional, e livre de glúten. Boas opções são as tâmaras e os figos, a batata doce, o arroz vermelho e o trigo sarraceno. Além do triptofano, devemos cuidar também do nitrogênio, que pode estar em baixas concentrações. Consuma alimentos altamente proteicos como a quinua, o amaranto e os cogumelos.
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Alimentos Gordurosos e Embutidos
Você pode estar precisando de ferro, vitamina B12, zinco e cálcio. Portanto, procure aumentar a ingestão de alimentos de origem animal que forneçam além de tais nutrientes, os bioativos que facilitam a absorção e utilização pelo organismo, evitando assim as questões de interação negativa e baixa biodisponibilidade. Carnes exóticas como a de avestruz e búfala costumam ser as campeãs no quesito ferro e ainda, apresentam baixíssimo teor de gordura. O ovo caipira é uma das maiores fontes de vitamina B12 que também pode ser encontrada no iogurte e em grande parte dos queijos de vaca. Mas procure utilizar iogurtes e queijos com o menor número de ingredientes, livrando-se daqueles com corantes, espessantes, anti umectantes etc. Frutos do mar em geral, especialmente as ostras, apresentam as maiores concentrações de zinco. E quem diria, a sardinha, um peixe tão acessível e saboroso, é a maior fonte de cálcio, dentre todos os alimentos. Experimente preparar no forno com molho de tomate ou em crosta de sementes, fica delicioso!
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